ORALIDADE E
AUTENTICIDADE NO TESTEMUNHO DE UM EX-PRESIDIÁRIO
Luciara Pereira
(UFSM)
RESUMO©
Este trabalho tem por objetivo destacar a
importância da oralidade como elemento constituinte de obras que podem ser
definidas como parte do gênero testemunho,
buscando-se identificar os efeitos produzidos e as implicações para o sentido
destas. Para realizar tal proposta, partir-se-á da leitura do livro Sobrevivente André du
Rap (do massacre do Carandiru), que apresenta o depoimento fornecido por
André du Rap sobre o massacre do Carandiru e sobre
sua vida no meio carcerário ao longo de quase dez anos. Este livro além de poder ser classificado como testemunho, gênero que teve sua
repercussão maior no cenário hispano-americano, destacando-se pelo caráter de
denúncia e pelo conteúdo exemplarizante de situações históricas vividas por
diferentes grupos sociais.
PALAVRAS-CHAVE: Literatura, testemunho, oralidade.
INTRODUÇÃO
O
contato com diferentes versões ligadas a qualquer evento é fundamental para se
obter uma visão mais abrangente de suas circunstâncias e conseqüências, ainda
mais quando envolvem diferentes categorias sociais, culturais e ideológicas.
Para tanto, é necessário que as versões tenham espaço para se integrarem ao
repertório da história, principalmente as que provêm da classe subalterna, mas
que normalmente são ignoradas e excluídas desse processo.
A presença de uma voz subalterna no contexto
letrado costuma provocar um certo estranhamento, fazendo com que acabe sofrendo,
na sua materialidade e tonalidade, interferências e adequações a fim de
tornar-se aceitável pela visão hegemônica. Esse processo faz com que o sentido
do discurso apresente alterações, pois a intenção de quem o formula é marcar
seu posicionamento, evidenciando sua origem e identidade social, o que só é
possível pela preservação da linguagem. A Literatura
Marginal torna-se, então, uma importante ferramenta para a construção,
inserção e circulação dessa identidade diferenciada, que procura, como no testemunho de André du
Rap, denunciar a realidade de um grupo social específico. Contudo, a aceitação
do discurso como autêntico implica a utilização de recursos que revelem ou
criem efeitos de uma suposta realidade, na qual o sujeito deve estar inserido
ou a ela ligado. Um desses recursos é a representação e presença da oralidade, isso
porque, as particularidades de um discurso revelam muito sobre a identidade do sujeito,
ainda mais quando se trata da palavra falada.
O livro Sobrevivente André du Rap (do massacre do
Carandiru), por ser um testemunho,
possibilita o contato com a versão que André du Rap,
ex-presidiário, fornece sobre sua longa passagem pela prisão, em especial,
sobre os fatos que passaram a ser conhecidos, como o massacre do Carandiru. O
livro está dividido em seis partes: Depoimento,
que é subdividido por temas; Fragmentos
de uma correspondência, que reproduz cartas de André du
Rap enviadas e recebidas durante o período de detenção; Free Style (De improviso), que traz alguns
depoimentos de André du Rap sobre diversos assuntos; Aliados, que destaca o tema do hip-hop e alguns integrantes desse movimento; Uma voz sobrevivente, artigo elaborado
pelo editor e Sobre os autores, que
traz algumas informações sobre a vida de André du Rap
e de Bruno Zeni.
O livro começa com o relato
do massacre do Carandiru, evento em que uma intervenção policial no pavilhão 9
do presídio paulistano resultou na morte de 111 presos, no dia dois de outubro
de 1992. Essa ordem foi estabelecida pelo editor, sendo este o depoimento mais
marcante e central do livro. Os outros relatos de Du
Rap estão mais relacionados com sua vida pessoal, familiar e amorosa.
1
Considerações sobre o gênero testemunho
e a oralidade
O testemunho
é uma modalidade narrativa estruturada a partir da visão de um indivíduo, quase
sempre de origem subalterna, que viveu ou presenciou determinado episódio
histórico. Trata-se da versão da história de alguém que não teve voz junto à
versão oficial, portanto, em alguns casos esta nova versão opõe-se a outra em
muitos pontos, adquirindo importância pela exposição e denúncia das vivências
daquele período, que antes foram desconsideradas pela versão dominante dos
fatos. Esse gênero trabalha com uma
forte carga subjetiva, pois o depoente, além de ter vivido aqueles episódios,
sofreu diretamente suas conseqüências. Logo, há um intenso envolvimento
emocional que torna o relato mais pessoal, humano, dramático, em oposição à
história, que tenta distanciar-se para ter uma versão próxima à imparcialidade
ou uma que esteja de acordo com as ideologias e interesses da classe
hegemônica.
Conforme Mabel
Moraña (1995), o testemunho
surge, no meio latino-americano, como um recurso aberto à comunicação de
conteúdos e de problemáticas coletivas fundamentalmente das classes
subalternas, as quais sempre encontraram barreiras quase intransponíveis para
se apoderarem de recursos do mundo hegemônico, sendo vítimas principalmente da
exclusão cultural, social e histórica. Com o testemunho eles têm a possibilidade de divulgar a sua realidade e
marcar seu posicionamento frente ao discurso oficial.
Nos
últimos anos, a invasão do espaço restrito aos letrados só foi possível pela
luta de grupos que são considerados iletrados ou "marginais", que se
manifestaram visando a ocupação de um espaço no mundo da escrita e da
literatura. Conforme Hugo Achugar, o espaço na
escrita representa o poder de mostrar a sua versão da história, e não apenas a
dos que são os representantes oficiais. Assim, o testemunho seria:
un
espacio discursivo donde se representa la lucha por el poder de aquellos
sujetos sociales que cuestionan la hegemonía discursiva no de los letrados en
si, sino de los sectores sociales e ideológicos dominantes y detentadores del
poder económico, político, cultural y social que han controlado históricamente
la ciudad letrada, (1992, p.
41).
Trata-se de um espaço aberto ao questionamento
das imposições, da situação social, política e cultural, mas, para isso, faz-se necessária a apresentação de uma voz que
assuma tom coletivo, materializada na figura do indivíduo integrante de um
grupo particular, neste caso marginalizado, que fornece seu depoimento a fim de
que este se torne público. Achugar afirma que este
foi o principal veículo para a introdução da voz marginal no meio público. Mas,
para que isso ocorra, ainda é necessária a intervenção de um letrado que
auxilie no processo de organização e divulgação da obra. Tal situação ocorre
com o livro Sobrevivente André du Rap (do massacre do Carandiru), na qual Du Rap, ex-presidiário, testemunha e Bruno Zeni, mestrando em Teoria da Literatura, edita o relato. A
presença do editor parece se apresentar como autoridade para o livro, como se
seu valor estivesse no fato de um letrado intermediar essa prática narrativa.
Isso comprova a dificuldade de se integrar ao espaço hegemônico, pois é
necessário ter um passaporte autorizado para que transite naquele meio.
Conforme Irene Machado, ao referir-se à tradição oral em sua obra que enfoca a
dialógica de Bakhtin, o editor acaba interferindo no discurso, fazendo com que
a autoria atenda a alguns objetivos da sociedade e de seus modos de produção.
O testemunho,
normalmente mediado, pressupõe a formulação de dois textos, que são definidos
por Achugar como primário
ou proto-testemunho (oral) e o definitivo ou testemunho escrito. Esses dois textos acabam demarcando a voz do
testemunhante e a do mediador, pois cada uma faz parte de um âmbito social e
cultural diferente, e a linguagem acaba evidenciando o contraste existente
entre os dois sujeitos. A preservação das marcas da oralidade possibilita a subtil
delimitação da voz de quem testemunha, limite que, algumas vezes, acaba sendo
ultrapassado pelo mediador, em virtude de seu poder de interferir na estrutura
lingüística e semântica do testemunho.
O processo de transformação do discurso oral em
escrito gera várias implicações, devido ao fato de apresentarem estruturas
lingüísticas, textuais e pragmáticas diferentes. Dentre elas, como afirma
Walter Ong, em sua obra que trata de questões relacionadas à transformação da
cultura oral em escrita, cabe destacar a lentidão do discurso escrito, o que
possibilita a análise e a reflexão sobre o mesmo, o que pode, por conseqüência
ou efeito, provocar o distanciamento, a artificialidade e a
descontextualizarão. Por isso, a escrita torna possível a constante continuidade
e a progressão discursiva, também por ser concreta e duradoura.
O discurso oral, por sua vez, opõe-se ao
escrito por ser efêmero, rápido, exige que seja contextualizado e pressupõe a
presença de um ouvinte. Além disso, possui caráter aditivo, agregativo,
redundante e economia participativa. Portanto, as narrativas orais não se
preocupam tanto com o paralelismo seqüencial exato entre a narrativa e os
referentes extranarrativos.
Pode-se dizer, então, que a presença da oralidade
é um recurso que não está apenas relacionado ao conteúdo, mas também à
estrutura. Qualquer tipo de alteração traz como conseqüência alguma mudança no
sentido do relato, o que ocorre com freqüência, pois a passagem do discurso
oral para o escrito exige, inevitavelmente, adaptações. Isso faz com que muitos
elementos sejam perdidos, porque o discurso inicial (oral) não tem como se
guiar pela estrutura da escrita, e na organização, alguns elementos não podem
ser transmitidos por esta, a qual é limitada ao uso de códigos, da palavra escrita,
do papel impresso. Para Machado (1995, p.238), apesar do abismo que separa
essas duas formas discursivas, pode-se estabelecer uma relação de simbiose
entre o oral e o escrito: “o oral se escreve, o escrito se vê como uma imagem
do oral, e em todas essas formas se faz alusão à autoridade de uma voz”, que é o
efeito que se procura salientar no testemunho.
O livro Sobrevivente André du Rap... além de se encaixar nas fronteiras do testemunho, também pode ser integrado ao
movimento da Literatura Marginal pelo
seu caráter de denúncia e pela condição social e humana do depoente, pois este
movimento se concentra na representação da realidade dos favelados, dos (ex-)
presidiários, enfim, dos grupos sociais que estão à margem da sociedade,
destacando-se nela a temática da violência. Essa literatura é uma forma de
chamar a atenção dos leitores sobre o que acontece no mundo periférico, de
expressar a revolta, o descaso, a falta de perspectivas e a luta pela
sobrevivência. Conforme Fernando
Villarraga (2005), a autodenominada Literatura
Marginal apresenta um caráter problemático por misturar em si a vontade
documental, a força do testemunho e a ficcionalização
das experiências vividas pelos próprios autores marginais. Esses, ao
apresentarem tal posicionamento, estão assumindo publicamente uma identidade
artística, cultural e social diferenciada e estabelecendo um compromisso com
determinada realidade. Portanto, o que define esse testemunho e sua inserção no movimento da Literatura Marginal é o compromisso com a realidade de um grupo
específico que sofreu diretamente os efeitos de um evento histórico: o massacre
do Carandiru.
Esse
caráter de denúncia e de protesto fica explícito quando Du
Rap (2002, p.106) fala sobre sua participação como testemunha no processo
contra os policiais envolvidos no massacre e sobre a intenção do livro:
Minha intenção é alertar a sociedade do
que pode acontecer. Que o que pode acontecer de novo. Um novo massacre. E as
muitas histórias que ainda continuam acontecendo, de injustiça, de preconceito,
de desigualdade.
A oralidade possibilita, portanto,
a presença de elementos próprios da fala no texto escrito, sendo, assim, um
recurso imprescindível na Literatura
Marginal, pois é por meio da linguagem que se identifica a origem social do
autor, do depoente ou, ainda, do grupo representado.
2 A oralidade em
André du Rap
Na apresentação do livro Sobrevivente André du Rap..., Bruno Zeni, seu editor, faz uma consideração que se refere à
preocupação que possivelmente acompanha os mediadores de testemunhos: a preservação dos traços peculiares da linguagem do
depoente.
Na edição do texto, procurei ser o mais
fiel possível às particularidades da fala de André – mantive inclusive suas
incongruências e correções – por acreditar que não se pode separar a forma e o
conteúdo daquilo que se diz, se escreve ou se cria.
Com a afirmação de preservação do discurso, o
editor procura reforçar a autenticidade do relato, contudo, como ele mesmo
afirma, procurou ser o mais fiel
possível, o que permite supor que provavelmente houve intervenções por
parte dele.
Outro
aspecto que reforça o valor “realista” do livro é a contundência do “linguajar”
da prisão empregado por André du Rap. A utilização de
termos próprios do ambiente carcerário, mesmo depois de ter saído da prisão,
revela o tom coletivo de seu depoimento, como se fosse uma forma de interceder
pelos seus ex-companheiros e de reafirmar que ele fez parte daquele espaço, “Jega ou burra - é o linguajar lá de dentro", (p.47).
Foram suas vivências que proporcionaram a experiência de vida e que lhe
permitem, agora, falar sobre o que passou, justificando a autenticidade de seu
discurso.
Além do
uso do “dialeto” da prisão, o fato de Du Rap revelar
as impressões e sensações durante o massacre, terror, choque, indignação, de
certa forma comprovam que ele presenciou o episódio, “eu estava em estado de
choque”, “o que aconteceu no Carandiru foi crueldade”. Isto traz como
conseqüência um forte efeito de dramaticidade em relação ao que se conta, o que
acaba restringindo a visão do acontecimento ao que ele viu e sentiu, sendo
justamente nessa visão particular que seu relato adquire o caráter de testemunho, versão de algum fato que não
precisa coincidir, necessariamente, com a versão hegemônica da história.
No testemunho de Du
Rap, é possível observar a presença da oralidade tanto nos elementos
lingüísticos, que estão presentes na estrutura superficial do relato, sendo
mais evidentes por serem a transcrição fonética da palavra na escrita, quanto
nos elementos estruturais, que estão intrínsecos no discurso fazem parte de uma
estrutura mais profunda da narrativa.
A organização dos elementos lingüísticos ao
longo do testemunho revela a forma
como o depoente articula sua fala, pois intencionam
representar pela escrita o ritmo e a forma da oralidade. Para tanto,
utilizam-se recursos que reforçam o caráter documental do livro, tais como, a
“reprodução” sonora da fala, “Ô,
chegou um mano da quebrada e tal”, (p.53); seqüenciadores narrativos orais, “Aí, tenta daqui, tenta dali, fiz outro
exame, e nada. Aí, realmente perdi”,
(p.90); repetição de palavras, expressões ou mesmo de idéias, “Os helicópteros
começaram a sobrevoar. Quando a gente viu que tava o maior tumulto e os
helicópteros começaram a sobrevoar, fizemos várias faixas“, (p.19); elementos
fáticos que tentam estabelecer ou manter contato com o ouvinte/leitor, “É uma
história, né?, cara. [...] A minha vida não foi uma
mentira, certo?”, (p.110-111).
Há outras marcas que parecem presentificar o ouvinte ou receptor, pois há inúmeras
referências que implicam toda uma gestualidade
implícita na fala que se transcreve, “Essa
baionetada que eu tomei no meio da testa, a primeira foi nele, no corredor”,
(p.22), “Era uma cela assim, metade desse quarto aqui, dois metros”, (p.51); o
que também acontece com as ações descritas através do uso de verbos no
presente, “Aí, eu tô
lá, passando alguns dias[...]Tô indo no pião
pela galeria, trombei com um companheiro de mileano”,
(p.170); e no emprego recorrente do você, na tentativa de aproximar a situação do
ouvinte, produzindo um efeito de maior dramaticidade, “Você imagine mais de dois mil companheiros presos em situação de
pânico[...]. Você escuta um tiro, o
sentimento é de pânico”, (p.19).
Já os elementos da estrutura discursiva podem
ser observados na utilização de períodos curtos, predomínio da narração e de
verbos de ação e movimento. Outras estruturas recorrentes que se podem destacar
são a intercalação do discurso direto e indireto, como se o direto confirmasse,
desse maior autenticidade e autoridade ao que está sendo contado devido a
representação da fala do outro, “Vários companheiros tentaram passar pro outro
pavilhão pelo telhado. - Vamos subir pro teto, vamos passar pro Oito, vamos ver
o que tá acontecendo”, (p.20); e a inserção de
explicações com o fim de esclarecer e
justificar algum novo elemento que surge no relato,
Todo mundo desceu pro terceiro. Estouramos
o cadeado da triagem. Nesse dia, tinha mais de cem triagens trancados pra ser
distribuídos. Triagem é o companheiro
novo que chega dos distritos,das delegacias. Cortam o cabelo deles tipo
exército, o cabelo dos triagens. Nisso a polícia já tava entrando, (p.20).
Pode-se, ainda, destacar uma certa
estrutura formular no depoimento, o que é característico da literatura oral,
pois em várias situações Du Rap realiza uma
afirmação, em seguida explica ou desenvolve essa afirmação e, posteriormente,
reafirma o que havia sido dito inicialmente, parecendo ser um recurso para
tentar convencer o leitor da legitimidade daquilo que ele está narrando,
Trancavam a porta e deixavam os cachorros
avançar nos presos. Horrorizante.
Você imagina os cachorros naquela situação, sangue pra todo lado, barulho de
tiro, grito, de paulada nas grades, eles ficavam loucos. Parecia que estavam dopados.
Os presos tentavam estourar a porta e os PMs dando tiro na direção deles. Teve
um companheiro que o cachorro mordeu o testículo dele e saiu arrancando... Cena horrorizante.
Maior cena horrorizante
mesmo.
A partir das marcas de
oralidade, tanto lingüísticas, quanto estruturais, o testemunho de Du Rap procura o efeito de
autenticidade, já que o que se visa é que o leitor acredite estar diante de uma
voz que remete a um indivíduo “real”, o qual se encontra/encontrou vinculado a
um espaço e a um tempo concretos. Esse efeito é reforçado pela afirmação de que
o relato é resultado de experiências “reais” de um indivíduo, por esse motivo,
são fundamentais na produção do testemunho,
por ser o elemento que justifica e que é cobrado para a valoração deste.
Apesar do papel de Du
Rap limitar-se à formulação oral, ele tem consciência de que a escrita é um
importante recurso de poder, que torna possível denunciar e reagir contra a
realidade opressora, “Se a gente for contar a nossa indignação, a gente não vai
ter folhas pra escrever”, (p.186). Portanto, o testemunho é um veículo que possibilita a divulgação de conteúdos
que denunciam e que tentam representar a realidade de Du
Rap, e de todo o grupo, enquanto (ex) presidiário e sobrevivente de um massacre
histórico.
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VILLARRAGA, Fernando. Literatura Marginal: o
assalto ao poder da escrita.
Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea, Brasília, n.24, p.35 – 53,
jul./ dez. 2004.
©Aluna do curso de Letras Português e Respectivas Literaturas
- UFSM, bolsista PIBIC/CNPq do projeto “Formas da ficção narrativa
moderna: revisão teórica e crítica”, orientada pelo prof. Dr. Fernando
Villarraga Eslava, e participante do Grupo de Pesquisa CNPq: “América Latina:
representações literárias contemporâneas”.