O presente artigo aborda a presença da metalinguagem em trechos da obra Bufo & Spallanzani, de Rubem Fonseca e em cenas da respectiva adaptação do livro para o cinema, além das principais semelhanças e contrastes entre ambas. O objetivo deste relato é averiguar a importância da metalinguagem (ou função metalingüística, na definição de Jakobson) tanto na obra quanto na adaptação para o cinema. Para tanto, serão analisadas algumas passagens do livro e as cenas do filme em que tal aspecto se faz presente. Metalinguagem, de acordo com Camargo (2002, p.01), é a propriedade que tem a língua de voltar-se para si mesma. É, ainda, é a forma de expressão dos dicionários e das gramáticas, aspecto que se tratará melhor adiante. As palavras cruzadas também se enquadram nesse perfil.
Ao longo dos estudos lingüísticos, entretanto, o significado do termo ampliou-se e hoje, encontra-se associado aos mais diversos tipos de linguagem. Um exemplo da aplicação desse recurso é uma música cujo tema é o próprio fazer musical, o que se denomina metamúsica. Tal efeito se dá no conhecido “Samba de uma Nota Só”, de Newton Mendonça, imortalizado através da interpretação de João Gilberto.
Geraldi (1997, p.25) trata do conceito de atividades metalingüísticas, ao falar das ações que incidem sobre a linguagem ou procedem dela. Para o autor, as atividades metalingüísticas tomam a linguagem como objeto de observação, e não mais como reflexão acerca do processo de interação. Estas “conscientemente constroem uma metalinguagem sistemática com a qual falam sobre a língua”. Ele ressalta, nesse contexto, as atividades de conhecimento que analisam a linguagem através da construção de conceitos, classificações, etc.. Tais iniciativas, para o autor, são decisivas no momento de ensinar e aprender, visto que toda metalinguagem é, por sua natureza, explicativa.
Outro exemplo prático de metalinguagem, como já foi citado anteriormente, são os dicionários e as gramáticas. Em ambos, segundo Chalhub (1988), “traduz-se em termo, utilizando-se o próprio código a que pertence esse termo (...) Traduzir de uma língua para outra é um trabalho metalingüístico”. Para a autora, ainda, “aprender uma língua é, sobretudo, operar metalingüisticamente” (p.28). Nesse sentido, “palavras que explicam palavras, cinema que fala de cinema (...) quadrinhos de quadrinhos, tudo isso constitui a Função Metalingüística” (VALENTE, 1999, p.95).
Cabe aqui salientar a visão de Roman Jakobson. Em seu ensaio Lingüística e Poética, de 1967, ele enfatiza que uma distinção foi feita, na lógica moderna, entre dois níveis de linguagem: a chamada “linguagem-objeto”, a que fala de objetos, e a “metalinguagem”, a qual fala da linguagem.
A obra Bufo & Spallanzani compõe um romance fundamentalmente metalingüístico. Ao longo da narrativa, há, como será visto a seguir, inúmeras citações sobre outros autores e livros, além de muitas digressões sobre a arte de escrever. De modo geral, tal obra está constantemente fazendo referências à própria Literatura, à função do escritor e a outros autores e livros, o que, como foi discutido anteriormente, representa o exercício da função metalingüística da linguagem.
Na referida trama, o personagem-protagonista e narrador da obra, Gustavo Flávio relata, num ritmo alucinante, os acontecimentos de sua vida em flash back, ora aos leitores, ora a Minolta, sua namorada, amiga, amante e confidente, a qual tem um papel essencial na trajetória do personagem principal.No primeiro episódio, Foutre ton encrier, o escritor Gustavo Flávio fala a Minolta sobre a sua relação com a misteriosa Madame X. Esta, mais tarde revelada como Delfina Delamare, é uma bela e casada socialite carioca por quem o protagonista se apaixona. O fato de Delfina ter sido morta com um tiro no peito, logo no início da trama, é um forte indício metalingüístico, além de um aspecto que norteia toda a narrativa.
Já
o segundo episódio (Meu passado negro), representa a ruptura na história do
protagonista. Nesse cenário, ocorre um retorno ao passado de Gustavo Flávio.
Aqui, surge uma reviravolta. Antes de ser escritor, ele havia sido professor
primário. Ao conhecer Zilda, passa a viver com ela, que lhe arranja um emprego
na Pan-americana Seguros. Nessa fase, seu nome é Ivan Canabrava. Ele atua como
investigador da firma, a qual deverá pagar um prêmio altíssimo a Clara
Estrucho, viúva de Maurício Estrucho, cujo seguro havia sido feito poucos
meses antes dele morrer.
Desconfiado,
Ivan começa a investigar o caso, após ouvir de uma testemunha que a suposta viúva,
no velório, dava água ao “morto”. Em suas buscas, descobre, no lixo
encontrado no apartamento abandonado do casal Estrucho, um sapo morto e um ramo
de flores murchas. Com a ajuda de Ceresso, cientista e presidente da Associação
Brasileira de Proteção ao Anfíbio, Ivan Canabrava toma conhecimento de que o
veneno do sapo da espécie Bufo marinus, associado ao sumo da planta Pyrethrum
parthenium, causa catalepsia profunda. Empolgado pela descoberta da fraude,
Ivan não percebe o descaso de seu chefe e entrega-lhe o relatório de suas
investigações.
Contudo,
sob suspeita de loucura, não obtém crédito. Diante disso, decide ele mesmo
passar pela experiência da catalepsia. Porém, não tem êxito, e mesmo com seu
próprio atestado de óbito, Ivan não consegue convencer o chefe, Doutor
Zumbano.
Entretanto, ele não desiste de seu intento. Visando a confirmar a fraude, vai ao cemitério São João Batista acompanhado por Minolta, Siri e Mariazinha, seus amigos hippies, a fim de abrir o túmulo onde estaria Maurício Estrucho. Esse fato representa uma revolução na vida do protagonista. Nessa ocasião, eles são surpreendidos pelo coveiro, que ameaça chamar a polícia. Para calá-lo, Ivan o agride, matando-o sem querer.
Dez
anos se passam. Durante esse tempo, ele permanece escondido com Minolta. Adota o
pseudônimo de Gustavo Flávio (nome que constitui uma homenagem ao escritor
francês Gustave Flaubert). A última parte, intitulada A maldição, está
reservada para o clímax e o desenlace da obra de Rubem Fonseca. No primeiro capítulo
desse episódio, o narrador faz considerações sobre o gênero do romance em
geral. Faz também reflexões sobre a dificuldade de concluir-se uma história
(pura metalinguagem).
Finalmente,
Gustavo conta a Minolta quem, na realidade, matou Delfina. Quando a socialite
descobrira que tinha leucemia, decidira “que não acabaria da maneira suja,
dolorosa e humilhante que a morte escolhera para ela” (FONSECA, 1995, p.236).
Resolvera matar-se. No entanto, a coragem lhe faltava. Convencera, então, o
amante a fazer isso por ela. Confessando pormenorizadamente o crime cometido por
amor, o protagonista encerra a narrativa dirigindo-se à Minolta.
Na obra, a função metalingüística tem um importante papel. É por intermédio dela que o escritor reflete sobre seu ofício, o personagem faz considerações sobre a sua condição de bufo e sátiro, evocando aspectos preponderantes de cada um dos personagens da história. Isso dá origem ao jogo em que a ficção e a realidade se confundem, pela própria relação de metalinguagem que se firma a partir do momento em que o protagonista começa a reproduzir no livro os fatos que sucedem na trama. Reproduz-se, nesse sentido, uma obra (a do personagem) dentro da obra (de Fonseca).
Na narrativa fonsequiana, o narrador (Gustavo Flávio), como se relatou há pouco, é escritor e precisa escrever o livro intitulado Bufo & Spallanzani, fato que é citado pelo protagonista uma série de vezes, como será possível vislumbrar nos períodos a seguir. “Vou viajar dentro de uns dias, para um lugar chamado Refúgio do Pico do Gavião. Quero descansar um pouco antes de começar a escrever para valer o meu novo livro Bufo & Spallanzani” (idem, p.20).
Sobre Bufo e Spallanzani, em inúmeras outras passagens do livro, Fonseca se utiliza da metalinguagem, sobretudo no tocante à obra e à atuação do escritor/narrador de uma obra. Aliás, essa fusão de papéis (narrador/ escritor/ protagonista) fica evidente no período a seguir. “Estou relatando incidentes que não presenciei e desvendando sentimentos que podem até ser teoricamente secretos mas que são também tão óbvios que qualquer pessoa poderia imaginá-los sem precisar dispor da visão onisciente do ficcionista” (p.17).
Quanto ao caráter da atividade de escritor, de sua percepção acerca da realidade e da própria trama de Bufo & Spallanzani, o narrador elucida: “Sabe de uma coisa? Já escrevi alguns romances tendo policiais como protagonistas, mas jamais tive coragem de colocar essa frase ‘qual foi a última vez’, etc. (...) Para um escritor, a palavra escrita é a realidade”. E completa: “Nós, escritores, trabalhamos bem com estereótipos verbais, a realidade só existe se houver uma palavra que a defina” (idem, p.19).
Sobre a morte de sua amante e sua própria condição de escritor, Gustavo Flávio faz também uma observação interessante, na qual a metalinguagem é a ferramenta fundamental, uma vez que ele transporta o crime, ocorrido na realidade (1), a qual corresponde à narrativa da obra fonsequiana, para a ficção (2), que diz respeito à obra redigida por Gustavo Flávio através de seu relato no romance Bufo & Spallanzani.
No contexto de Bufo & Spallanzani, ainda por intermédio da metalinguagem, o leitor começa a perceber a ligação do conteúdo do romance com o título. Bufo marinus, como já relatei antes, é a espécie de sapo encontrada por Ivan Canabrava. Spallanzani, por sua vez, foi um padre e biólogo italiano do século XVIII, o qual se dedicou ao estudo da circulação sangüínea, da digestão e dos animais microscópicos, de modo geral.
Acredita-se ser oportuno, ainda, frisar um outro aspecto da obra. O escritor Gustavo Flávio começa narrando um sonho que tivera com Tolstoi, o autor de Guerra e Paz, de quem recebe a incumbência de escrever. Nesse contexto, a fantasia que envolve o tinteiro e a pena (metonímias acerca do campo semântico do ofício de escritor), provocam no escritor a angústia de não conseguir repetir o gesto de molhar a pena no tinteiro tantas vezes quantas fossem necessárias para encher páginas vazias, o que também resulta numa relação metalingüística. Isso se evidencia na fala de Tolstoi, no sonho relatado acima. “‘Para escrever Guerra e Paz, fiz esse gesto duzentas mil vezes (...) Anda, agora é a tua vez’” (FONSECA, 1995, p.07).
Para
traduzir para a linguagem da sétima arte a obra-prima de Rubem Fonseca, como já
disse anteriormente, Flávio Tambellini contou com a ajuda do próprio autor e
da escritora Patrícia Melo (discípula do estilo de Fonseca). Para tanto, foram
eliminados personagens (como Siri e Mariazinha, Gomes e os hóspedes do Refúgio
do Pico do Gavião) e fundiram-se outros (como o Doutor Zumbano e Eugênio
Delamare, Zilda e Dona Duda). Algumas tramas paralelas foram resumidas para que
o espectador se concentrasse e compreendesse a complexa história de Ivan
Canabrava/Gustavo Flávio e dos que o cercavam.
As cenas se encadeiam de maneira alucinante, de modo que o espectador precisa estar atento para não perder o “fio da meada” dessa história, na qual passado, presente, lembranças e fantasias se fundem. A complexidade e a agilidade da obra de Rubem Fonseca são mantidas, compondo uma produção surpreendente.
Na trama, ganha destaque, tal como na obra, o processo de transformação de Ivan Canabrava em Gustavo Flávio. Nesse contexto, o personagem principal, vivido por José Mayer, passa por uma verdadeira metamorfose. Tal processo tem início quando ele é abandonado pela esposa Zilda (interpretada por Zezé Polessa), é demitido do emprego numa companhia de seguros, é perseguido por seguranças e decide se refugiar numa pousada paradisíaca na Serra da Bocaina.
Pode-se dizer que, tal como na obra, o protagonista tem sua vida dividida em duas fases distintas. Na primeira fase de sua vida, Ivan Canabrava leva uma vida pacata ao lado de Zilda, secretária do executivo Eugênio Delamare (Gracindo Júnior), diretor de uma companhia de seguros que lhe consegue um emprego como fiscal. Nesse cenário, Ivan desconfia da morte de um dos segurados. Acredita que ele, na verdade, estava vivo, mas parecendo morto graças ao uso de um veneno extraído de um sapo da espécie Bufo marinus.
Nesse contexto, o seu passado como Canabrava está esquecido até que Delfina Delamare aparece morta com um tiro no peito. Através de um flashback, em que a trama retrocede em dez anos, é possível ao espectador acompanhar de que forma se deu a transformação do personagem principal.
A metalinguagem se evidencia, por exemplo, na cena em que, ao escrever sobre o caso Estrucho, o personagem relembra a cena do velório de Maurício. Em seguida, passa-se à cena em que ele acha o sapo e a planta no lixo do antigo apartamento de Clara e Maurícioode-se afirmar que a obra é um relato das memórias do escritor Gustavo Flávio. O próprio narrador se manifesta metalingüisticamente a respeito disso. “As memórias, como estas que escrevo, também sofrem a sua maldição” (idem, p.181). Nesse sentido, ele escreve as memórias de sua vida, lembrando os acontecimentos vividos por ele como Ivan Canabrava e depois, já como Gustavo, enfatizando a importância desse fato em toda a narrativa, tanto no que está sendo mostrado ao espectador quanto na seqüência da obra que ele está escrevendo.
É nesse contexto que Gustavo relembra que, ainda como Ivan, passou pela experiência da catalepsia, devido à infusão à base do veneno do sapo. Fala a Delamare sobre o caso Estrucho e entrega-lhe o relatório e o seu próprio atestado de óbito. Enquanto isso, já no presente (da realidade (1)), Gustavo Flávio e Minolta são seguidos por um carro quando vão à pousada da Serra da Bocaina. Enquanto isso, Gustavo escreve mais uma parte de Bufo e Spallanzani. A uma cena dos sapos no lago, funde-se a cena da cópula de Bufo e Marina, cobaias de Spallanzani, do qual o protagonista fala em seu livro.
Na seqüência em que o protagonista relembra passagens de sua vida, como a agressão que sofreu por parte do marido de Delfina, o assassinato do coveiro e sua fuga, enquanto escreve sua mais nova obra, evidenciando-se, na tela, o teor de sua narrativa. Em seguida, cenas do presente do personagem, como o depoimento que presta a Guedes e o laudo recebido pelo detetive descartando a possibilidade do suicídio de Delfina, se encadeiam às lembranças de Gustavo Flávio. Tais recordações localizam o receptor. Nesse momento, é como se ele (o receptor) acompanhasse o que se passa na mente (e na ficção (2)) de Gustavo Flávio.
Enquanto isso, na realidade (1) (a narrativa desenvolvida por Fonseca), o delegado exige que Guedes dê atenção ao caso Delfina, sem, entretanto, contrariar os pedidos de Eugênio Delamare, o qual, segundo ele, tem bom relacionamento com as autoridades competentes.
Sobre a produção, em entrevista à seção Cinema do site Terra, o diretor Flávio Tambellini afirma que não queria fazer uma cópia de filmes já produzidos e menos ainda do livro de Fonseca, que os críticos denominam como um romance da carpintaria perfeita, salientando que o autor investe na trama do mistério policial com o intuito de trabalhar o texto refinado, repleto de humor corrosivo, com recursos à paródia e à ambigüidade temática. Com agilidade e um clima noir à moda tupiniquim e de acordo com a realidade brasileira, o filme mantém o espectador em suspense durante os 96 minutos de sua duração.
Em suma, a produção, por fazer uma releitura da obra de Rubem Fonseca, já compõe uma metalinguagem do livro. Tal como no livro, em várias cenas, a função metalingüística é utilizada como recurso para auxiliar o receptor a compreender a complexidade da trama. Por intermédio desse recurso, indica-se os encadeamentos existentes entre os personagens da trama, além de esclarecer ao espectador de que maneira a narrativa desenvolvida por Fonseca dá lugar, em seu complexo contexto, ao desenvolvimento da obra homônima do protagonista Gustavo Flávio, que espelha em seu romance os acontecimentos mostrados na tela.
No relato da experiência cataléptica vivida por Gustavo, ainda como Ivan, a metalinguagem se dá no momento em que ele, depois de passar por essa experiência transformadora, decide partilhá-la com o leitor através da explicação acerca do fato, através da sua exposição na obra que o escritor Gustavo Flávio está redigindo.
Trabalhar uma temática tão estimulante como a metalinguagem na obra de Rubem Fonseca foi uma experiência ímpar. Além da criatividade e do conhecimento do autor, que conferiram à obra-prima uma complexidade sem igual, a produção desse artigo serviu para destacar a importância da metalinguagem para a depreensão dos enunciados no processo de comunicação.
Por sua natureza eminentemente explicativa, centrada no código, a função metalingüística é fator preponderante para que o emissor e o destinatário de uma dada mensagem possam compreender-se entre si. No tocante à obra escolhida, o acentuado uso desse recurso evidencia a preocupação do autor em localizar o leitor, dando-lhe, por intermédio das referências ao ato de escrever, à sua e a outras obras e autores, uma maior dimensão sobre o universo da Literatura e a obtenção do conhecimento.
O filme, por sua vez, soube conservar o clima da narrativa fonsequiana. Através do olhar atento do autor, o qual esteve junto à equipe de produção durante todo o processo de adaptação cinematográfica, Bufo & Spallanzani compõe uma trama que, tal como a obra, prende o receptor.
Sob essa perspectiva, tanto na obra quanto em sua adaptação para o cinema, o clima de suspense e a riqueza de detalhes, aliados a uma história envolvente, com uma dose de romance e muito realismo, Bufo & Spallanzani constitui um clássico contemporâneo.
Sobre o brilhantismo de Rubem Fonseca, cabe destacar as palavras de J.D. Borges[1] (1999, p.03).
Absoluto
senhor de sua arte, profundo conhecedor de seu ofício, não teria porque
decepcionar quem lhe assiste. Pelo contrário, livre das paixões de outras
eras, exercendo domínio completo sobre o próprio instrumento, nos lega perfeições
de criatividade e equilíbrio. Irrepreensíveis. Como o bruxo do Cosme Velho,
supera-se a cada novo livro.
Comandando com maestria os aspectos da realidade e da ficção presentes tanto no contexto da obra em si quanto no romance homônimo que é escrito pelo protagonista da trama, Fonseca compõe uma história complexa e instigante. Circulando entre o passado, o presente e o futuro de Gustavo Flávio, compõe uma obra extremamente profícua, cujos intertextos denunciam as fontes nas quais o autor bebe para produzir seus argumentos, os quais incitam o leitor a ir buscá-las. O filme de Flávio Tambellini, embora compacto, nada fica a dever à narrativa exposta no livro homônimo.
Em se tratando das obras de Rubem Fonseca, é impossível ler sem envolver-se nas surpresas que surgem a cada página. Enfim, ao ter contato com a rica narrativa proposta pelo autor, é impossível a qualquer leitor não se deixar fascinar.
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