Há muito se desdobram discussões sobre o conceito de palavra, a conveniência em se considerar a palavra como unidade básica de análise e ainda sobre os problemas que cercam o agrupamento das palavras em classes. Ao longo de tal polêmica, encontram-se, de um lado, a gramática tradicional e, de outro, as teorias lingüísticas vigentes. A este respeito, Basílio (1987), discorrendo sobre as questões que envolvem formação e classes de palavras, diz o seguinte:
Já
é quase uma tradição em estudos da linguagem dizer-se que as classes de
palavras (também conhecidas como partes do discurso ou categorias lexicais)
podem ser definidas por critérios semânticos, sintáticos e morfológicos.
As
gramáticas normativas privilegiam o critério semântico na classificação das
palavras, embora utilizem todos os critérios. No estruturalismo, critica-se a
gramática tradicional pela mistura de critérios e privilegiam-se os critérios
morfológico e funcional. Na teoria gerativa transformacional, as classes de
palavras são definidas apenas em termos de propriedades sintáticas. (p.49)
Conforme
acrescenta Basílio, mais adiante (p.49),
A
questão da definição de classes de palavras é bastante complexa, quer em
relação aos critérios, quer em relação ao fato de que a adequação de
definições de classes varia de língua para língua.
Neste trabalho, não objetivamos rediscutir tais questões nem tampouco historiar os argumentos que as envolve. Partindo do princípio de que a palavra continua sendo a unidade de análise das gramáticas escolares e que seu agrupamento em classes é uma das primeiras noções ensinadas às crianças brasileiras, tomaremos como ponto inicial esta realidade, buscando equacionar, e não contrapor, as divergências existentes entre a noção tradicional de classe de palavras e o funcionalismo lingüístico norte-americano, teoria que adotamos em nossas pesquisas. Com tal finalidade, selecionamos um, entre tantos outros casos de gramaticalização já investigados, para ilustrar o contínuo que fundamenta a teoria funcionalista e que, em princípio, vai de encontro à divisão das palavras em classes: a trajetória ESPAÇO>TEMPO>TEXTO percorrida por entretanto no português.
Nas gramáticas escolares, entretanto é classificado como uma conjunção coordenativa adversativa (cf. CUNHA 1976, p.534-5 e LUFT et al.1991, p.128, entre outros). Esta classificação reflete o emprego que atualmente fazemos desse item lexical no português brasileiro, em que entretanto expressa uma idéia de oposição, conforme está ilustrado no exemplo que se segue[1]:
(1) Eu não sou a favor da pena de morte. Entretanto, do jeito que a violência anda solta no país, talvez a pena de morte seja a solução.
Porém, recuando no tempo, constatamos que entretanto já foi utilizado com função e significado bem diferentes. Observe-se:
(2)
Grilo
(...)
Da
Senhora Camila, que se casa,
Cantar,
como he costume, os requebrados. (I)
Cazumba
Oyalá
os que vai, isso sar belo,
Eu
vai logo avisar mias Tarelo.
____________
(I)
Vai buscar o estojo das navalhas, e entre tanto diz Cazumba o que
se segue. (sic.) (CAPORALINI, 1794, p.31)
O trecho apresentado em (2) foi extraído de uma peça teatral do século XVIII. Nele, entretanto aparece em uma nota de pé de página, através da qual o autor transmite informações adicionais sobre a cena (movimentação, postura etc.). Repare-se como entretanto aqui não funciona como conjunção e sequer expressa oposição.
Observe-se agora um outro trecho retirado da mesma peça teatral e nas mesmas circunstâncias do anterior:
(3)
Grilo Que queres, pai Cazumba?
Cazumba Faze os barba,
Tenho
os fuessa manhã, tenho os Taraya, (I)
E
os minha gente, espera-me na praya (...)
______________
(I)
Isto se repete muito de vagar, entretanto Grilo abre a sua loja,
chega huma cadeira junto á porta em que Cazumba se senta, e Grilo traz a toalha
no braço. (sic.) (CAPORALINI, 1794, p.30)
Tanto em (2) quanto em (3), entretanto desempenha uma função própria de um advérbio e pode ser entendido como significando neste ou naquele intervalo de tempo, em consonância com verbete extraído de um dicionário escolar:
ENTRETANTO,
ADV. Neste ou naquele intervalo de tempo; conj. Todavia; contudo; s. m.
intervalo de tempo. (SILVEIRA BUENO 73):
O emprego adverbial de entretanto encontra-se registrado também em Adrião (1946) que, em seu livro Tradições clássicas da Língua Portuguesa, ilustra-o com muitos exemplos, alguns dos quais constam no trecho a seguir:
ENTRETANTO
é empregado adverbialmente no sentido de neste ínterim, nesta ocasião, neste
intervalo.
Sobreestemos alguns dias, ENTRETANTO, trabalha tu, que teu filho se emende (Sá Miranda O. C. 11-196) (...) ----- mandou-lhes o Provincial que, sem sua expressa licença se não saísse de Lisboa e, ENTRETANTO, tomasse bom conselho e falasse com seus amigos (Souza V. do A. 1-53) Isto dizia, para desvanecer as diligências do presidente e fugir, ENTRETANTO, para onde tinham ido os corpos dos mártires (Bernardes N. F. 11-97) (...) (ADRIÃO, 1943, p.152)
Todavia, voltando ainda mais no tempo, encontramos, em outras obras de
referências, evidências de que entretanto, além de ser empregado como
conjunção e advérbio de tempo, já foi utilizado também como advérbio de
espaço:
ENTRETANTO,
loc. adv. no espaço que medeia. N´aquele tempo. Não obstante. (entre e
tanto). (COELHO,
1897)
Este tipo de uso foi registrado, anteriormente, por outro dicionarista que não faz qualquer menção ao emprego de entretanto como designativo de tempo ou de oposição, o sugere ser a referência espacial de entretanto antecedente à temporal.
ENTRETANTO
– frase adv. i. é., no espaço que medeya (sic.) (SILVA, 1813).
Comparando (1) com os demais exemplos apresentados, concluímos que entretanto foi submetido a um processo de mudança que atingiu seu significado (passou de designativo espaço para designativo de tempo, e de designativo de tempo para designativo de oposição) e sua categorização ( passou de advérbio para conjunção).
Também, de acordo com os registros encontrados em dicionários de diferentes épocas, podemos concluir que a mudança se delineou num contínuo em que: (1) entretanto, inicialmente empregado como locução adverbial de espaço (conforme registrado em Silva (1813)), passou a ser utilizado tanto como advérbio de espaço quanto de tempo; (2) num estágio intermediário da mudança, entretanto começou a ser utilizado também como conjunção (Coelho (1897) faz referência aos três possíveis empregos de entretanto: como designativo de espaço, de tempo e de oposição); (3) num estágio mais avançado da mudança aqui relatada, entretanto perdeu sua referência espacial, passando a ser utilizado somente como advérbio de tempo e conjunção. A partir de então, o desenrolar se deu de forma que, no português do Brasil, a mudança evoluiu mais rapidamente e entretanto passou a ser utilizado somente como conjunção. No Português europeu, diferentemente, ainda se observam os dois últimos empregos mencionados de entretanto.
O processo de mudança que acabamos de descrever tem sido objeto de estudo dos funcionalistas, que o classificam como pertencente ao paradigma da gramaticalização.
Segundo Heine et al. (1991), a gramaticalização pode ser interpretada como:
The result of a process which has problem-solving as its main goal, its primary function being conceptualization by expressing one thing in terms of another (HEINE et al., 1991, p.150).
Ou seja, a gramaticalização surge em conseqüência do que Votre (1992) diz ser
Um
problema crucial na comunicação humana, que é encontrar meios para falar de
coisas menos concretas, menos imediatas, menos visíveis, menos tocáveis (VOTRE
1992, p.19-20).
Heine et al. (1991, p.150) postulam que, na solução desse problema, conceitos mais concretos são utilizados na descrição de fenômenos menos concretos, de acordo com o que eles chamam de principle of the exploration of old means for novel functions, segundo o qual meios antigos são utilizados para novas funções. Heine et al. Postulam também que a gramaticalização opera sobretudo por mecanismos de metáfora e que o processo de mudança metafórico é contínuo, e não discreto.
Assim sendo, diz-se que um item lexical ou uma construção sintática está se gramaticalizando quando, no processo descrito, tal item lexical ou construção sintática, ao ser freqüentemente empregado em nova função, passa a assumir um novo status como elemento gramatical, tendendo a se tornar mais regular e mais previsível, de acordo com motivações pragmáticas e de repetição de uso.
Os fenômenos que são atribuídos ao paradigma da gramaticalização são:
a) a trajetória de itens lexicais de valor semântico X para valor semântico Y;
b) a trajetória de itens lexicais de uma categoria léxica X para uma categoria léxica Y;
c) a trajetória de elementos lingüísticos em condição menos gramatical para uma condição mais gramatical;
d) a trajetória de elementos lingüísticos do léxico à gramática;
e) a trajetória de elementos lingüísticos de uma condição mais referencial para uma condição menos referencial.
Traugott
e Heine (1991), Heine et al. (1991),
entre outros, afirmam ser a gramaticalização um processo de mudança
unidirecional. Heine et al. (1991,p.49) chegam a propor uma escala para explicitar o rumo desse
processo que se movimentaria em direção a uma abstratização cada vez maior.
A escala apresentada por eles é a seguinte:
PESSOA > OBJETO > ATIVIDADE
> ESPAÇO > TEMPO > QUALIDADE
De acordo com tal escala, a gramaticalização ocorre quando, por
exemplo, itens lexicais que designam partes do corpo passam a designar objetos
ou quando aqueles que designam noções espaciais passam a designar noções
espaciais. Não é considerada a possibilidade de o processo ocorrer num sentido
contrário ao estabelecido pela escala, uma vez que, de acordo com o que se
postula, a gramaticalização segue um rumo que vai sempre do [+ concreto] para
o [- concreto].
Para o caso particular de
elementos argumentativos, Heine et al. (1991, p.182) propõem uma outra escala:
Esta escala, segundo eles, também representa um processo unidirecional
que parte do [+ concreto] para o [- concreto]: elementos designativos de espaço
([+ concreto]) passariam a ser usados como organizadores do universo discursivo
([- concreto]), podendo, num estágio intermediário, expressar noção
temporal.
No entanto, estudos mais
recentes ( cf. OLIVEIRA 1997, VOTRE 2000, e FERREIRA 2000, entre outros) têm
apresentado evidências de que,
ao
lado de fenômenos que mudam com o tempo, existem determinados
aspectos que parecem manter-se ao longo da trajetória das línguas. Em
outras palavras, há um conjunto de processos de mudança que atuam com relativa
regularidade sobre os elementos lingüísticos, estendendo-lhes o sentido. De
uma perspectiva histórica, esses processos podem dar a impressão de uma seqüência
de mudanças ocorridas no tempo; de uma perspectiva sincrônica, o que se
observa é um conjunto de polissemias coexistindo. (MARTELOTTA
& AREAS 2003, p. 27).
Ferereira (2003, p. 74) discorre
sobre os resultados encontrados em tais estudos relacionando-os à possibilidade
de se problematizar a atuação do princípio da unidirecionalidade concreto>abstrato:
Na
medida em que a maioria das formas e dos sentidos examinados, mesmo os mais
abstratos, já estavam disponíveis nas sincronias mais distantes do português
e do latim, não foram encontradas evidências de que os sentidos mais abstratos
e genéricos são derivados dos mais concretos e específicos no curso do tempo.
Mesmo nos casos em que não foram identificados usos mais abstratos em uma
sincronia distante, não se pode ter a certeza de que não circulavam na língua
ou, como prefere Votre (1999, 2000), “se estavam disponíveis, potenciais, e não
aparecem nos dados porque não houve aí contexto que os aninhasse”.
Em nossa pesquisa, não encontramos evidências que contrariem o princípio
da unidirecionalidade (o que não quer dizer que não existam). Assim sendo,
como não poderia deixar de ser, procedemos a
análise e chegamos a conclusões com base nos dados que dispomos.
Como se pode observar, o processo de mudança a que se submeteu entretanto
constitui uma trajetória típica dos fenômenos atribuídos ao paradigma da
gramaticalização, conforme resumiremos a seguir.
Primeiramente,
entretanto é um item lexical formado a partir da junção de dois itens lexicais
autônomos (entre
+ tanto), assumindo características
de uma classe de fenômenos bastante comuns, conhecidos como reanálise, e
previstos em um dos estágios da gramaticalização. Segundo
Votre (1992),
Normalmente
as mudanças são acionadas por alterações na natureza semântico-funcional,
que uma vez instaladas tendem a ter efeito na estrutura da forma a que estão
associadas, tanto no nível mórfico quanto no nível fonético (VOTRE 1992,
p.111).
Martellota et al (1996b, p. 57), ao referirem-se aos mecanismos ligados
ao processo cognitivo da metonímia, destacam a reanálise, que eles definem
como
Um
mecanismo que atua no eixo sintagmático, caracterizando-se por uma reorganização
da estrutura do enunciado, e uma reinterpretação dos elementos que o compõem.
Em
segundo lugar, a trajetória de entretanto
se encaixa perfeitamente na escala proposta por Heine et al. para elementos
argumentativos. Senão, vejamos: entretanto se deslocou de designativo de ESPAÇO para designativo de TEMPO,
passando, daí, a atuar como um operador argumentativo (conjunção), o que
sugere estar tal item totalmente inserido no TEXTO. Nesse caminho, não é difícil
de se perceber um rumo em direção a uma crescente abstratização: como
designativo de um espaço intermediário, o referente de entretanto é uma entidade
física; como designativo de intervalo de tempo, seu referente passa a ser uma
entidade não-física; como designativo de oposição entretanto já não se
refere a nenhuma entidade, seja ela física ou abstrata, passando a transmitir
apenas uma idéia de oposição.
Sendo
observado um contínuo na trajetória de mudança de entretanto e sendo entretanto apenas um dos inúmeros casos já constatados de gramaticalização em
diversas línguas do mundo, voltamo-nos, então, para a questão inicialmente
levantada neste trabalho: há incompatibilidade teórica em se admitir o contínuo
da mudança e a divisão de palavras em classes? A resposta, de acordo com nosso ponto de vista, é não.
Isto porque, segundo o nosso entendimento, o problema crucial da abordagem
tradicional não está no agrupamento das palavras em classes e sim na divisão
isolante e nas categorias estanques que resultam de tal classificação.
Contudo,
não é difícil se comprovar que, na visão tradicional, as classes de
palavras, embora genericamente apresentadas como representando categorias
independentes, estão interligadas entre si. Um exemplo óbvio dessa interligação
encontra-se na abordagem da formação de palavras. Exemplificamos com Cunha
(1976, p.211):
Os
adjetivos referentes a cores podem ser modificados por um substantivo que melhor
precise uma de suas tonalidades1:
amarelo-canário
rosa-maravilha
azul-rei
verde-bandeira
cinza-chumbo
vermelho-sangue
___________
1)
Neste emprego o substantivo equivale a um advérbio de modo (...).
Menos
óbvias, mas presentes em muitos compêndios gramaticais, são as observações
relativas ao fato de que as palavras, dependendo da forma como são empregadas,
podem assumir características de uma outra classe. Macedo (1991, p.91-92), por
exemplo, faz referência direta a este fato:
As
palavras estão agrupadas em 10 classes. (...) Essas classes de palavras não
devem ser consideradas de maneira absoluta.
A
rigor, só se pode ou se deve precisar a classe de uma palavra, quando ela for
considerada na frase.
A
título de esclarecimento, comparemos as duas frases abaixo:
a-
O moço guerreiro chegou.
b-
O guerreiro moço chegou.
Todavia,
em ambos os casos, ainda que se estabeleça uma relação entre diferentes
classes de palavras, as alterações de classe vinculadas ao emprego, conforme
apresentadas, parecem estar mais ligadas ao contexto do que a um processo de
mudança diacrônica de caráter universal.
Cremos,
portanto, ser importante revermos a noção tradicional de classificação das
palavras, buscando: (1) explicitar a relação existente entre as diversas
classes como um todo e entre algumas delas especialmente (como, por exemplo, as
que aqui focalizamos: advérbio e conjunção); (2) incorporar a tal noção a explicação acerca da existência
de uma trajetória em que as classes de palavras servem como pontos de referência
- isto é: é através delas que melhor visualizamos o contínuo que se verifica
nas mudanças ocorridas em nossa e em todas as línguas do mundo.
No início deste trabalho, estabelecemos como objetivo principal, relacionar e equacionar as divergências existentes entre a noção tradicional de classe de palavras e o funcionalismo lingüístico norte-americano. Para tanto, tomamos como suporte, a trajetória ESPAÇO>TEMPO>TEXTO percorrida por entretanto no português brasileiro, para ilustrar o contínuo característico das mudanças atribuídas ao paradigma da gramaticalização que, em princípio, vai de encontro à divisão das palavras em classes.
Acreditando ter atingido nosso objetivo, resumimos a seguir as nossas conclusões:
1.
Entretanto
provém da junção de dois itens
lexicais autônomos que, por serem muito utilizados juntos, em determinados
contextos, passaram a ser interpretados como um item lexical único[2].
2.
A mudança atingiu entretanto
em seu aspecto semântico e funcional: (a) passou de designativo de espaço para
designativo de tempo e de designativo de tempo, para designativo de oposição
(aspecto semântico); e (b) passou de advérbio para conjunção (aspecto
funcional).
3.
A mudança que se deu sob
o aspecto semântico seguiu a direção do [+ concreto] para o [- concreto], em
conformidade com a hipótese da unidirecionalidade. Porém, em se tratando de um
operador argumentativo, entretanto fez o caminho do
[+ concreto] para o [- concreto], deslocando-se de designativo de ESPAÇO para
designativo de TEMPO e, daí, para o contexto discursivo [TEXTO], atuando como
designativo de oposição.
4. Observou-se, na trajetória percorrida por entretanto, um contínuo em que se evidenciaram a superposição de usos e a conseqüente ausência de fronteiras na passagem de uma determinada categoria para outra.
5.
As características
mencionadas em (1), (2), (3) e (4) sugerem estarmos diante de um processo de
mudança lingüística pertencente
ao paradigma da gramaticalização.
6.
O contínuo observado em
mudanças lingüísticas que resultam em mudança categorial não são
considerados na divisão tradicional das palavras em classes.
7.
A
revisão da noção tradicional de classificação das palavras é bastante
recomendável, uma vez que: (a) explicitaria a relação existente entre as
diversas classes como um todo; (b) desvelaria a existência de uma trajetória
em que as classes de palavras servem como pontos de referência, permitindo
melhor visualização do contínuo que se observa nas mudanças ocorridas em
nossa e em todas as línguas do mundo.
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